domingo, 29 de maio de 2016

Sob a conveniência da 'segurança nacional',
Lula não revelou gastos com cartão corporativo

As despesas do governo Lula com cartões corporativos se transformaram numa caixa preta. Só a Presidência da República teria efetuado gastos secretos superiores a R$ 20 milhões entre 2004 e 2007. Na esteira das investigações conduzidas pelo Congresso Nacional, Lula se viu obrigado a afastar a sua ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro (PT-SP), que não teve como justificar as despesas com o chamado dinheiro de plástico.
Para evitar a quebra de sigilo dos cartões corporativos e amansar deputados e senadores oposicionistas, o Palácio do Planalto urdiu a elaboração de um dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) e da ex-primeira dama, Ruth Cardoso. Os dados foram preparados e divulgados pelo Ministério da Casa Civil, sob o controle de Dilma Rousseff (PT-RS).
A responsável pela formatação da documentação foi apontada como sendo Maria de la Soledad Castrilho, a "Marisol", que ocupava os cargos de diretora de Recursos Logísticos e chefe de gabinete de Erenice Guerra, a secretária-executiva e principal assessora da ministra Dilma Rousseff. E quem vazou o dossiê foi José Aparecido Nunes Pires, militante histórico do PT, levado para o Ministério da Casa Civil pelo antecessor de Dilma Rousseff, José Dirceu.
Ora, se Lula não queria divulgar com transparência os seus gastos em nome da segurança do presidente da República, o que justificaria tornar públicas as despesas do antecessor? De qualquer forma, a jogada do governo deu certo. Desviou o foco das atenções da CPI dos Cartões sobre desvios, irregularidades e até enriquecimento ilícito para o debate político sobre o dossiê de FHC.
Vale registrar distorções acerca do uso dos cartões corporativos em nome da Presidência da República no segundo mandato de Lula, mesmo que pouco tenha vindo à tona em razão das sistemáticas rejeições da base aliada do governo aos requerimentos com pedidos de informação à CPI. Das poucas coisas que ficaram públicas, houve o pagamento insignificante de R$ 112,11 de uma conta de internet de Fábio Luís Lula da Silva, o "Lulinha", filho do presidente, efetuada em setembro de 2003.
Dez funcionários da Presidência da República foram autorizados a usar cartões corporativos para fazer compras de interesse de Lula em 2007. Gastaram R$ 3,6 milhões. Do total, os ecônomos, nome técnico dos funcionários, retiraram R$ 352 mil em dinheiro vivo. Com a notícia nos jornais, receberam orientação para não conceder entrevistas. Informações sobre os gastos chegaram a conhecimento público por meio do Portal da Transparência, um site na internet gerenciado pela CGU (Controladoria-Geral da União). Depois os dados foram retirados da rede mundial de computadores.
Antes das informações terem sido subtraídas da internet, era possível saber os gastos de cada um dos dez ecônomos a serviço da Presidência da República entre 2003 e 2007. Juntos, despenderam R$ 11,6 milhões, sendo que sacaram R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo em caixas eletrônicos.
Em março de 2003, Lula viajou a Ponta Porã (MS) para inaugurar um assentamento de trabalhadores rurais sem-terra. Após a viagem, o Palácio do Planalto apresentou 27 notas fiscais para justificar o aluguel de veículos que haviam sido feitos com os cartões, durante o período em que o presidente permaneceu naquela cidade do Mato Grosso do Sul. O TCU (Tribunal de Contas da União) descobriu que as notas eram frias. Somavam R$ 206 mil, enquanto a empresa Limosine Service – Russos & Filhos, responsável pela locação dos automóveis, teria cobrado apenas R$ 40 mil pelos serviços.
A auditoria do TCU apurou que o endereço da empresa locadora em Ponta Porã era fictício. Da auditoria: "Em um dos endereços, o analista não encontrou a empresa em funcionamento, obtendo a informação de que, naquele endereço, nunca existiu empresa locadora de veículos".
O Ministério Público Federal decidiu investigar os gastos com cartões corporativos da Presidência da República, com base em auditoria preliminar do TCU. Foram identificadas irregularidades em 35% das notas fiscais analisadas, todas referentes a dispêndios sigilosos. Os procuradores procurariam saber se houve pagamentos indevidos em viagens de Lula, ou nos serviços de segurança oficial dos familiares do presidente.
Entre os problemas apontados pelo TCU havia vias de documentos fiscais anexadas às prestações de contas do Palácio do Planalto com valores diferentes daqueles que constavam nas vias dos talonários das empresas responsáveis pela prestação de serviços ou o fornecimento de bens e produtos.
Do relatório do TCU: "A incompatibilidade entre os valores configura sonegação fiscal. Nesse caso, deve-se considerar também a possibilidade de haver conluio entre o fornecedor e o servidor responsável pelo pagamento com o objetivo de cobrar a maior da administração".
Um dos casos sob investigação do Ministério Público procurava apurar uma locação de veículos ocorrida em empresa de Santana do Parnaíba (SP). No talonário constava a prestação do serviço de aluguel no valor de R$ 3,1 mil. Já a prestação de contas referente àquele mesmo serviço, apresentada pelo Palácio do Planalto, somava R$ 40,4 mil. Ou seja, era 13 vezes maior.
Em outro caso, uma empresa de locação de veículos, com sede em São Paulo, teria prestado serviços à Presidência da República por mais de R$ 1 milhão no período de um ano e meio. Problemas: não foi emitido documento fiscal hábil e parte das notas apresentava endereço fictício.
Chamou atenção dos procuradores gastos da Presidência da República numa padaria em Brasília. A via da nota que fazia parte do talonário da empresa apresentava a despesa de R$ 9,44. Já o Palácio do Planalto computou um gasto de R$ 99,44. Ou seja, algum gatuno simplesmente pôs um "9" a mais, para embolsar R$ 90. Uma vergonha.
As chamadas despesas sigilosas do conjunto do Governo Federal chegaram a quase R$ 100 milhões entre 2004 e 2007. Cerca de 11 mil cartões foram distribuídos pela administração Lula a mais de 7 mil funcionários federais. O estranho é que os gastos secretos saltaram de R$ 16,9 milhões em 2004, para R$ 20,9 milhões em 2005. No ano seguinte, alcançaram R$ 25 milhões. Em 2007 atingiram R$ 35,7 milhões, mais que o dobro do registrado em 2004.
Dois anos depois, informações disponíveis no Portal da Transparência davam conta de que gastos sigilosos já representavam 45% do total realizado com cartões corporativos. Só os dispêndios da Secretaria de Administração da Presidência, que incluíam as despesas do presidente Lula, alcançaram R$ 4,5 milhões apenas nos primeiros sete meses de 2009. Isso representava 13% do total de gastos secretos do Governo Federal naquele período.
Ao longo da administração do PT foram detectadas diversas despesas suspeitas usando o chamado dinheiro de plástico. Levantamento da CPI dos Cartões apurou os seguintes gastos: R$ 990 mil em supermercados, 750 mil em farmácias, R$ 43 mil em padarias, R$ 40 mil em assinaturas de televisão a cabo, R$ 33 mil em floriculturas, R$ 24 mil em lojas de instrumentos musicais, R$ 22 mil em lojas de brinquedo, R$ 15 mil em sapatarias, R$ 14 mil em serviços de lavagem de automóveis, R$ 8 mil em lojas de doces e chocolates, R$ 7 mil em lojas de roupas femininas, R$ 5 mil em bares e R$ 4 mil em lojas de roupas de crianças. Tudo dinheiro público.
Detalhe: 452 estabelecimentos comerciais e de serviços que receberam pagamentos por meio de cartões corporativos emitidos pela administração federal eram, por coincidência, de propriedade ou relacionados de alguma forma a 473 servidores federais comissionados, isto é, tinham ligações com pessoas nomeadas para cargos de confiança por influência política.
Alguns casos chamaram a atenção e ganharam as páginas dos jornais: no Ministério das Comunicações, reformaram uma mesa de sinuca por R$ 1.400. O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini (PT-SP), pagou, com cartão corporativo, fotografias pessoais e a estadia em hotel durante evento partidário. O ministro das Cidades, Olívio Dutra (PT-RS), por sua vez, torrou R$ 970 em sofisticada padaria de Brasília.
Mas voltemos à Presidência da República. Chegaram a R$ 407 mil os dispêndios com cartão corporativo nas duas residências de Lula em Brasília no ano de 2007. Uma média de R$ 33,9 mil por mês, ou mais de R$ 1 mil por dia, para abastecer o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.
Apenas três ecônomos gastaram R$ 205 mil em supermercados, açougues e lojas de bebida em nome de Lula naquele ano. Um dos funcionários, José Henrique de Souza, assessor especial do presidente, teria abastecido as dispensas das residências oficiais gastando R$ 55,4 mil em supermercados, R$ 23,8 mil em açougues, R$ 14,8 mil em mercados, R$ 2,4 mil em lojas de bebidas, R$ 2 mil em peixarias e R$ 1,2 mil em padarias.
Para registrar: dos 150 funcionários da Presidência da República que gastaram R$ 6,2 milhões com cartões corporativos em 2007, só 68 tiveram as despesas reveladas pelo site da CGU. Não havia informações sobre o paradeiro da gastança dos outros 82 servidores federais. Sabe-se apenas que eles torraram R$ 5,3 milhões, sendo R$ 1,4 milhão sacado em dinheiro vivo.
Um segurança de Lula fez despesas em São Bernardo do Campo (SP), onde o presidente tem residência, durante nove meses de 2007. Conforme o Portal da Transparência, Luiz Gonzaga Barbosa Aragão, oficial das Forças Armadas, gastou R$ 45.750 em lojas de materiais de construção, embalagens plásticas, móveis para escritório, equipamentos de informática, materiais de limpeza e esportes. Ele comprou esteira ergométrica por R$ 3.450, artigos esportivos por R$ 800 e deixou R$ 390 numa loja de instrumentos musicais que também comercializava produtos eletrônicos.
Em Florianópolis, João Roberto Fernandes Júnior, segurança de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha de Lula, gastou R$ 55 mil naquele mesmo ano, em lojas de autopeças, materiais de construção, ferragens, supermercados, combustível e até munição. Chamaram a atenção R$ 21 mil em duas lojas de autopeças, R$ 1.800 numa livraria e R$ 1.114 em loja de banheiras e piscinas.
Em janeiro de 2008, o Ministério Público do Distrito Federal abriu inquérito para apurar suspeitas de uso irregular de cartões corporativos no pagamento de despesas de hospedagem da comitiva precursora de uma viagem de Lula a Ribeirão Preto (SP) e Sertãozinho (SP), cidades onde o presidente entregaria uma usina termoelétrica e iria a uma feira agrícola em maio de 2003.
Agentes de segurança e equipe de apoio técnico que formavam o escalão avançado do Palácio do Planalto ficaram hospedados em dois hotéis. Descobriu-se depois que um cartão corporativo do Governo Federal pagou R$ 3.030 referentes a 22 diárias de pessoas que não faziam parte da comitiva oficial. Outro cartão corporativo bancou despesas de R$ 1.475 em diárias que excediam o período de permanência dos funcionários federais.
Em Sertãozinho, um cartão de crédito do governo serviu para deixar R$ 23.830 em hotel da cidade. Três anos depois, apurou-se que o mesmo hotel cobrava preços inferiores. O custo da comitiva não teria ultrapassado os R$ 10.208. Uma diferença de R$ 13.622. Somando-se a outros gastos efetuados pela comitiva de Lula durante a viagem, o Ministério Público concluiu que R$ 18.127 teriam sido pagos a mais. Ou embolsados pelos espertalhões.
O TCU (Tribunal de Constas da União) constatou diversos problemas no uso de cartões corporativos da Presidência da República. Para justificar gastos, funcionários apresentaram notas fiscais emitidas sem autorização do órgão fiscal e em nome de firmas com endereços fantasmas. Houve falta de recolhimento de tributos e notas "calçadas". Explica-se: sempre em poder do "cliente", elas têm a característica de apresentar valores superiores aos registrados nas vias dos talonários. O expediente é usado para render dinheiro extra, em geral embolsado pelos responsáveis por fazer a prestação de contas.
Sob o manto da segurança nacional e com a anuência do presidente, torraram dinheiro público em sigilo. Não eram gastos emergenciais ou despesas de viagem que só poderiam ser feitas com o uso de cartões corporativos. Não se tratou disso. Não fizeram licitações, pregões ou outras modalidades de concorrência pública. Não deram explicações. Não houve transparência. Não houve controle algum. Tudo em nome de se proteger Lula.





Todos sabemos quanto é difícil manter nossas contas em dia, mas nossos governantes não têm esses problemas.


ISSO TEM QUE ACABAR!!!!!!!

As formas de governo mais utilizadas no mundo atual são a monarquia e a república. 

Existem outras além dessas, porém algumas utilizadas tempos atrás e outras pouco utilizadas ou talvez nunca utilizadas. 

Na Monarquia, existe uma família real liderada pelo rei (ou rainha) que governa o país.

Na Aristocracia governavam aqueles de classe privilegiada a dominante. 

Na Democracia o governo se baseia na participação do povo.

Na Tirania o governo oprime de forma cruel e abusa do poder. 

Na Oligarquia o governo mantém-se nas mãos de poucas pessoas. Finalizando-a com a Demagogia que é a arte de conduzir o povo a uma falsa situação, ou seja propor algo que não pode ser posto em prática.


Posso pressupor que não temos uma Democracia de verdade. Temos realmente uma Oligarquia com muita Demagogia.

quando deputados e senadores além de altos salários

têm vantagens que nenhum outro emprego comum

pode oferecer, a qualquer  cidadão comum,

como podem entender nossas necessidades?

quem pode regular isso e seus aumentos

se eles mesmos fazem as leis?

como podemos acabar com isso?

quem pode nos ajudar?
DEPUTADOS FEDERAIS
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Deputados e familiares têm atendimento médico gratuito no departamento médico da Câmara. Deputados também podem ter despesas médicas e odontológicas realizadas na rede privada reembolsadas. A medida não se aplica a familiares.
Cotas: Cota de R$ 30,2 mil a R$ 44,9 mil (pode ser usada para pagar passagens, telefone, Correios, fretamento de aeronaves entre outras despesas. Varia de acordo com o Estado do parlamentar). Verba de gabinete: R$ 92 mil (destinada ao pagamento de cargos de confiança).
Passagens: Podem comprar passagens com a verba de gabinete. A partir de 2015, as mulheres dos deputados também poderão ter passagens pagas pela Câmara.
Cargos de confiança: Têm direito a nomear até 25 funcionários cujos salários somados não podem ultrapassar R$ 92 mil.

SENADORES
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Senadores, cônjuges ou dependentes de até 21 anos (ou 24, quando universitários), têm despesas médicas reembolsáveis. Limite para despesas odontológicas e psicoterápicas é de R$ 25,9 mil.
Cotas: Cota parlamentar: R$ 15 mil (paga despesas com funcionários, aluguel de escritório de apoio, material de consumo, combustíveis, consultoria, entre outras). Despesas extras: R$ 9 mil (custos com gráficas e telefonia fixa). Despesas com telefone celular são ilimitadas.
Passagens: Cinco trechos de passagens aéreas entre a capital do Estado do senador e Brasília por mês.
Cargos de confiança: Podem nomear funcionários em Brasília ou em seus escritórios regionais desde que dentro do limite imposto pela cota parlamentar que é de R$ 15 mil por mês.

nós só podemos protestar , e votar.

parece ser a única coisa que chega ao planalto

protestar é fácil, pois tem muita coisa errada com este país, tem muito o que falar

votar já é outra coisa

votar em quem?


sábado, 28 de maio de 2016



Como podemos descrever nosso sistema político?
Democracia?, presidencialismo?, populismo?, socialismo?
Parece-me uma mistura disso tudo
Onde as palavras, nomes, significados são usados segundo as conveniências de cada um
Qual o melhor sistema?
Como implantar?

Como acabar com essa praga do nosso governo?
Os políticos?.............................
Anexos da pré-delação do ex-deputado e ex-presidente do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa, firmada com o Ministério Público Federal (MPF), indicam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento sobre o esquema de corrupção desvendado na Petrobras e que interferiu diretamente na nomeação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento por indicação do PP.
A delação de Pedro Corrêa ainda não foi homologada pela Justiça.

Pedro Corrêa, condenado também no escândalo do mensalão do PT, confessou que usou a politica para negociar propina por mais de três decadas e admitiu ter desviado dinheiro de quase 20 orgãos do governo. Ele deixou claro que Lula sabia do esquema de desvio de dinheiro dentro da Petrobras.
De acordo com reportagem da edição deste fim de semana da revista, o ex-deputado disse que Lula gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras – da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre politicos e os partidos.
Corrêa também descreveu situações em que Lula tratou com caciques do PP sobre a ditriuição de propina em contratos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, que Lula chamava de Paulinho. Em um dos anexos, o ex-deputado relata uma reunião entre Lula e o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra para tratar da nomeação de Costa no setor.
Paulo Roberto Costa é considerado pela força-tarefa da Lava Jato como peça-chave para as investigações. O esquema de corrupção na Petrobras envolveu contratos que somam R$ 89 bilhões. Costa foi um dos primeiros a fechar o acordo de delação premiada.
O trecho, que Corrêa reconstituiu, começa com Lula cobrando Dutra sobre a demora para a nomeação de Costa para assumir o setor. "Oh, Dutra, nós não nos comprometemos com o PP, que indicou o Dr. Paulo Roberto, já há algum tempo, para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Porque até agora ele não foi nomeado?".
Dutra, segundo Corrêa, respondeu que a mudança era um assunto complicado dentro da estatal. "Porque esta mudança de diretor é um assunto complicado dentro da Petrobras. Estão havendo resistências além de a competência não ser só minha para nomeá-lo".

Lula, então, retrucou. “De quem é a competência então?”, teria questionado. Dutra respondeu: “A competência é do conselho de administração da companhia, da maioria dos conselheiros”. E Lula questionou: “E quem nomeou a maioria dos conselheiros, Dutra?”. Dutra respondeu: “Você, Lula!”.
Lula disse: “Então, Dutra, eu quero que você diga a essa maioria de conselheiros que nomeei que se o doutor Paulo Roberto não estiver nomeado até daqui uma semana eu vou demitir e trocar esses conselheiros que nomeei”. Dutra disse: “Mas Lula! Eu entendo a posição do conselho, não é da tradição da Petrobras assim sem mais nem menos trocar um diretor”. Ao que Lula respondeu: “Dutra, se fôssemos pensar em tradição, nem você era presidente da Petrobras nem eu era presidente da República.

Em nota, o Instituto Lula afirmou que Pedro Corrêa já foi condenado pela Justiça e que "foi para não cumprir essa pena na cadeia que ele aceitou negociar com o Ministério Público Federal uma narrativa falsa envolvendo o ex-Presidente Lula, inventando até mesmo diálogos que teriam ocorrido há 12 anos".
"É repugnante que policiais e promotores transcrevam essa farsa em documento oficial, num formato claramente direcionado a enxovalhar a honra do ex-presidente Lula e de um dos mais respeitáveis políticos brasileiros, o falecido senador José Eduardo Dutra, que não pode se defender dessa calúnia", diz o instituto em nota. (veja a íntegra dessa nota no final da reportagem)
Confira o trecho completo da conversa citada pelo ex-deputado
Trecho da delação de Pedro Corrêa mostra influencia de Lula na nomeação de Paulo Roberto Costa na Petrobras (Foto: Reprodução)Trecho da delação de Pedro Corrêa mostra influencia de Lula na nomeação de Paulo Roberto Costa na Petrobras (Foto: Reprodução)
Segundo reportagem da revista "Veja", publicada nesta sexta-feira (27), nesta pré-delação, o ex-deputado Pedro Corrêa contou que, em determinado momento, parlamentares do PP se rebelaram contra o crescimento da participação do PMDB nos contratos firmados na Diretoria de Abastecimento da Petrobras e procuraram o ex-presidente Lula.
Aos procuradores, os deputados chamaram este crescimento de "invasão". Segundo a "Veja", ainda conforme o relato de Corrêa, Lula teria dito que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo".
De acordo com a revista, Corrêa acrescentou aos procuradores que Lula teria garantido que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho".
Com a ordem de Lula para que os partidos se entendessem, Corrêa disse ter se reunido com membros do PMDB para tratar da partilha. Um dos primeiros procurados "para buscar o melhor entendimento na arrecadação" teria sido o senador Renan Calheiros, acompanhado do deputado Aníbal Gomes. Ele fez a mesma coisa com o deputado Eduardo Cunha e o senador Romero Jucá - todos do PMDB. De acordo com a revista, acertados os termos com o PMDB, os negócios começaram a fluir a partir de 2006.
A "Veja" afirma que Pedro Corrêa também relatou que o PMDB cobrou para manter o apoio à permanência de Paulo Roberto Costa e de Nestor Cerveró - que na época também era diretor da Petrobras. Foi cobrada uma propina de US$ 18 milhões, que deveria ser paga a tempo de financiar a campanha eleitoral daquele ano - 2006. O partido recebeu US$ 6 milhões.
De acordo com a revista, Corrêa disse que o atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ficava com parte de tudo o que era arrecadado pelo esquema do PMDB. Eduardo Cunha também teria recebido parte dos US$ 6 milhões.
Corrêa ainda afirmou que o ex-ministro e atual senador Edison Lobão tinha participação nos contratos com as grandes empreiteiras. Ainda de acordo com a revista, Corrêa também acrescentou que o Laboratório EMS pagava propina para os ex-ministros José Dirceu e Alexandre Padilha. Além disse, afirmou que vantagens também eram cobradas das empresas que se habilitavam a participar do programa "Minha Casa Minha Vida" e que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria negociado pagamentos para seu partido em uma obra de Furnas.
Dilma Rousseff
Em outro anexo do documento de pré-delação, o ex-deputado cita que a presidente afastada Dilma Rousseff se comprometeu a ajudar na nomeação de Paulo Roberto Costa para o cargo de diretor de Abastecimento da Petrobras.
A promessa teria sido feita em 2003, quando Dilma era ministra de Minas e Energia, em meio a uma reunião na casa de João Claudio Genu marcada para discutir reforma no setor elétrico. Dilma foi à reunião, segundo Pedro Corrêa, para conversar com um grupo de deputados do PP para verificar como o partido teria a indicação da relatoria da reforma.
Conforme o relato de Corrêa, o ex-deputado José Janene, morto em 2010, era presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara e o PP tinha interesse em assumir a relatoria.
"O PP aproveitaria a oportunidade da relatoria para levantar valores de propina em troca de proposições específicas na Reforma para atender aos interesses dos empresários do setor para o pagamento de propina", diz trecho do anexo.
No anexo seguinte, a narrativa do ex-deputado traz fatos de 2010. A presidente afastada estava em uma reunião para prestigiar Paulo Roberto Costa na casa do deputado Pizzolati.
Corrêa afirma que Dilma Rousseff, que à época era candidata à Presidência da República, se comprometeu a manter Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento e a manter o Ministério das Cidades com o PP. Ainda de acordo com o ex-deputado, nesta mesma reunião, Dilma aproveitou para pedir apoio financeiro para a campanha.
A assessoria de imprensa da presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que a informação de que ela se reuniu em 2010 com Paulo Roberto Costa para pedir apoio financeiro é "mentirosa e absurda, sendo desmentida inclusive por outras evidências e depoimentos divulgados ao longo da Operação Lava-Jato". "Vemos, mais uma vez, uma nova tentativa de se tentar envolver o nome da presidenta Dilma Rousseff em versões fantasiosas, inconsistentes e que serão desmentidas pelos fatos." (veja a íntegra dessa nota no final da reportagem)
Delcídio do Amaral
A indicação de Delcídio do Amaral para a Diretoria de Gás e Energia da Petrobras no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) partiu, de acordo com o ex-deputado Pedro Corrêa, de Geddel Vieira Lima – atual ministro da Secretaria de Governo. Corrêa teria presenciado uma conversa em viva-voz entre Gedel e o ex-presidente FHC.
Trecho da conversa disponível na pré-delação
FHC: GEDDEL, eu preciso de um novo nome, um nome mais técnico para a Diretoria de Gás e Energia.
Geddel: Presidente, o Delcídio foi Diretor da ELETROSUL, da ELETROBRÁS, Secretário Executivo de Minas e Energia e Ministro de Minas e Energia. Ninguém é mais técnico do que o Delcídio para esta função.
FHC: Mas eu gostaria de mais um nome.
Geddel: Então o senhor escolha um REISCHUL (genro de FHC e Presidente da BR Distribuidora) da vida, que nós não temos outro nome. Só temos o de Delcídio.
FHC: (após alguns segundos): Está bem, até logo Gedel.
Corrêa afirmou que após Delcídio assumir o cargo, o ex-deputado José Janene ficou encarregado de receber a parte do PP da propina, que era repassada por deputados que haviam saído do PP e ido para PMDB.
“Delcídio cobrava a propina junto às empresas que tinham negócios na Diretoria, repassava uma parte ao PMDB que, através dos quatro deputados que tinham ido PP para o PMDB, repassava um pedaço menor ao deputado Janene. O valor entrava no caixa dois do PP para pagar as despesas e repassar aos parlamentares”, diz trecho do anexo.
No anexo, o ex-deputado contou que houve resistência em relação ao nome de Delcídio. De acordo com Corrêa, o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra recebia R$ 1 milhão de propina por mês do ex-diretor Rogério Manso.
Ainda de acordo com Corrêa, Delcídio do Amaral indicou Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras no primeiro governo Lula. O ex-deputado afirma ainda que houve um entendimento entre o ex-ministro José Dirceu e o PMDB de “que a Diretoria Internacional seria do partido”.
Coube ao deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), segundo Corrêa, as tratativas de negociação da propina junto a Cerveró. Ficou estabelecida, disse Corrêa, propina de U$S 700 mil por mês para o PMDB.
Segundo Corrêa, ele soube destes fatos pelo ex-deputado José Janene. Tudo teria sido confirmado por Paulo Roberto Costa.
O ex-deputado afirma também ter conhecimento de que o esquema de corrupção na Petrobras desde os governos militares. Ele menciona o ex-diretor da estatal Shigeaki Ueki – considerado um dos brasileiros mais ricos do mundo.
Eduardo Cunha
Corrêa ainda afirmou que, com a saída de Nestor Cerveró do cargo, o nome de Jorge Zelada foi indicado com o aval do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
O ex-deputado afirmou que Nestor Cerveró não estava cumprindo com o pagamento mensal de US$ 700 mil e por isso o PMDB deixou de apoiá-lo. O novo nome indicado pelo partido foi o de João Augusto Henriques, que não pode assumir o cargo em virtude de condenação no Tribunal de Contas da União (TCU).
Pedro Corrêa disse que foi procurado para interferir junto ao TCU para resolver a questão de Henriques, porém, o julgamento já havia ocorrido. Quem assumiu o cargo, então, foi Jorge Zelada, igualmente com a indicação do PMDB.
“Em função deste fato, João Henriques não pode ser nomeado e indicou para o seu lugar a pessoa de Jorge Zellada, com o aval do PMDB e de Eduardo Cunha, que manteve negócios com o PMDB, PT e com o Senador Delcídio Amaral”, diz trecho.
Sem dar maiores detalhes, a "Veja" afirmou que outros políticos também foram citados na delação de Corrêa: o ex-ministro Aldo Rebelo; o ex-ministro Alfredo Nascimento; o ex-ministro Aloizio Mercadante; o ministro do TCU Augusto Nardes; o deputado José Guimarães; o deputado Paulo Maluf; a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o senador Valdir Raupp.
Outro lado
Em nota, o Partido Progressista afirmou que não admite a prática de atos ilícitos e reafirma confiar no trabalho da Justiça.
Através de sua assessoria de imprensa, o senador Renan Calheiros afirmou que não se reuniu com Pedro Corrêa e nunca o faria por se tratar de pessoa que  não é de suas relações, nem políticas ou pessoais. O senador afirmou que todas as doações de campanha recebidas foram legais e aprovadas pela Justiça e que ele não foi candidato em 2006. “Chega de delação de bandidos citando relações inexistentes ou fictícias para sair da cadeia e expor terceiros. A delação que não for confirmada deve agravar a pena dos autores e não livrá-los da cadeia”, disse o senador.
Já o advogado de Romero Jucá, Roseana Sarney e Edison Lobão afirma que Pedro Corrêa faz uma "não delação". "Conta uma história de 40 anos, sem fatos e sem datas. Uma irresponsabilidade estas acusações terem qualquer validade. Recria diálogos de 10 anos atrás, inventa. É a desmoralização da delação", disse Antonio Carlos de Almeida Castro.
O ministro Henrique Eduardo Alves classifica a citação como absurda, mentirosa, irresponsável e cretina. Alves afirma que nunca tratou desses assuntos com Corrêa ou com quem quer que seja, em qualquer tempo ou lugar.
Através de sua assessoria, o presidente em exercício do PMDB, Romero Jucá, disse que desconhece qualquer reunião que tenha sido feita para tratar sobre esse assunto. Ele afirma que as doações ao partido sempre foram feitas conforme as leis vigentes.
O PSDB enviou nota em que diz que o partido e seu presidente, Aécio Neves, repudiam veementemente a repetição das mesmas antigas e falsas acusações que vem sendo feitas há anos por seus advsersários políticos sempre na base de ouvir dizer de terceiros. Afirma ainda que o assunto já foi arquivado pela procuradoria-geral da república por inexistência de qualquer prova ou indicio que possa minimamente comprová-lo.
O ministro da secretaria de governo Geddel Vieira Lima negou ter feito a indicação de Delcídio do Amaral para a diretoria da Petrobras.
O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse por nota que é absurda a tentativa de associar seu nome a qualquer irregularidade e ressaltou que o delator Corrêa não apresentou qualquer fato que sustente a suspeita.
O deputado federal Paulo Maluf afirmou que Pedro Corrêa não tem credibilidade nenhuma. “Você precisa de gente com mais credibilidade para dar informação. O Pedro Corrêa seria melhor se fizesse delação sobre o que a filha dele, Aline Corrêa, fez na prefeitura de Americana, Limeira e Campinas, que os três prefeitos foram cassados pela Justiça”, afirmou Maluf por telefone. Sobre a acusação de que em 2004 teria recebido R$ 20 milhões para atrapalhar as eleições para a Prefeitura de São Paulo, afirmou: "Em 2004, eu era candidato a prefeito. Por que que eu iria atrapalhar a eleição de alguém? Eu queria ser eleito eu. Eu não estava no governo, eu era candidato e queria ser eleito".
Já Eduardo Cunha disse que desconhece a delação e que nunca teve qualquer relacionamento com Pedro Corrêa. Ele disse também que não teve relação com a permanência de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró nos cargos da Petrobras.
A defesa de Delcídio do Amaral disse que desconhece o teor da delação de Pedro Corrêa e que não há nenhuma prova de que Delcídio era corrupto. O ex-senador se coloca à disposição para fazer a acareação caso o Ministério Público ache necessário.
O laboratório Pfizer disse que por nota que desconhece o teor das denúncias ou de qualquer envolvimento em atividades ilícitas e que rechaça toda atividade dessa natureza.
A advogada de Nestor Cerveró, Alessi Brandão, disse que as negociações de seu cliente para permanecer na Diretoria Internacional da Petrobras foram relatadas em sua delação premiada, que está sob sigilo. Ela não confirmou nem negou que a reunião de Cerveró com caciques do PMDB em 2006 tenha ocorrido, assim como o pedido de peemedebistas para que ele e Paulo Roberto Costa arrecadassem propinas no valor de US$ 18 milhões.
O senador Valdir Raupp afirma desconhecer a delação e nega envolvimento no esquema.
O ex-ministro Jaques Wagner rebateu a delação e disse que todas as doações recebidas por sua campanha foram declaradas à Justiça e aprovadas.
A assessoria de imprensa do ex-ministro Aloizio Mercadante afirmou que Mercadante nunca teve nenhuma relação com o ex-deputado Pedro Corrêa e nunca participou de reuniões com e ex-deputado, especialmente depois de Pedro Corrêa ter sido envolvido na denúncia da Ação Penal 470.
O ex-ministro Alfredo Nascimento afirmou que "não há nada novo nessa delação". "É uma denúncia antiga, da época em que fui ministro dos Transpores. Tudo já foi investigado à exaustão pela Polícia Federal e Ministério Público. Nada foi comprovado e fui inocentado. Mas para ganhar vantagens jurídicas, os delatores insistem em requentar essa denúncia. Já provei minha inocência e provarei todas as vezes que forem necessárias. Vou processar o senhor Pedro Corrêa por essa citação injusta e inverídica ao meu nome", afirmou o ministro.
O Banco do Brasil declarou que refuta acusações e ilações sem provas.
O laboratório EMS afirmou que "não teve acesso aos termos da colaboração do qual é  mencionada" e que "dará as devidas explicações assim que tiver acesso ao documento".
A reportagem ainda não conseguiu contato com a assessoria do ex-ministro Aldo Rebelo.
O deputado federal José Guimarães (PT-CE) não atendeu às ligações da reportagem. A assessoria de imprensa dele informou que o parlamentar está em viagem ao exterior.
A assessoria de imprensa do TCU afirmou que o ministro Augusto Nardes "refuta veementemente as injustas e absolutamente inverídicas acusações" e que "nunca compactuou com qualquer ilícito eventualmente praticado pelo ex-presidente em nome da legenda".
O advogado de Jorge Luz afirmou que ele "se manifestará sobre os fatos no foro e no momento oportunos". "Por ora, a defesa não comentará nada a respeito”, comentou o advogado Gustavo Teixeira.
O ex-presidente Lula se posicionou através do Instituto Lula. Veja a íntegra da nota:
Pedro Correa foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de 20 anos de cadeia por ter praticado 72 crimes de corrupção e 328 operações de lavagem de dinheiro. Foi para não cumprir essa pena na cadeia que ele aceitou negociar com o Ministério Público Federal uma narrativa falsa envolvendo o ex-Presidente Lula, inventando até mesmo diálogos que teriam ocorrido há 12 anos.
É repugnante que policiais e promotores transcrevam essa farsa em documento oficial, num formato claramente direcionado a enxovalhar a honra do ex-presidente Lula e de um dos mais respeitáveis políticos brasileiros, o falecido senador José Eduardo Dutra, que não pode se defender dessa calúnia.
O Estado de Direito não comporta esse tipo de manipulação, insidiosa e covarde, nem por parte dos agentes públicos nem dos meios de comunicação que dela se aproveitam numa campanha de ódio e difamação contra o ex-presidente Lula.
A utilização desse recurso nojento é mais uma evidência de que, após dois anos de investigação, a Lava Jato não encontrou nenhuma prova ou sequer indício de participação de Lula nos desvios da Petrobras, porque o ex-presidente sempre agiu dentro da lei. E por isso apelam a delações mentirosas.
A presidente afastada Dilma Rousseff se posicionou através de sua assessoria de imprensa. Veja a nota completa:
Acerca da matéria “Decanato da Corrupção”, publicada pela revista Veja, em 27 de maio, em que se divulga trechos de uma suposta delação premiada do ex-deputado Pedro Correa, cumpre esclarecer que:
1. Ao contrário do afirmado em Veja, a presidenta Dilma Rousseff JAMAIS se reuniu, em 2010 ou em qualquer outro momento, com o senhor Paulo Roberto Costa para fins de solicitar qualquer espécie de apoio financeiro. 
2. Esta afirmação é absolutamente mentirosa e absurda, sendo desmentida inclusive por outras evidências e depoimentos divulgados ao longo da Operação Lava-Jato.
3. Vemos, mais uma vez, uma nova tentativa de se tentar envolver o nome da presidenta Dilma Rousseff em versões fantasiosas, inconsistentes e que serão desmentidas pelos fatos.

Assessoria de Imprensa
Presidenta Dilma Rousseff
Corrupção 
A Operação Lava Jato investigava transações de milhões de reais. O salto para os bilhões veio com a prova da ligação entre Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Os dois foram descobertos por causa de um carro registrado no endereço de Alberto Youssef, em nome de Paulo Roberto Costa. A placa era o ano de nascimento do ex-diretor da Petrobras.
O carro custou R$ 250 mil e, segundo a investigação, foi o pagamento de uma propina pendente. O endereço na nota é de um apartamento de Youssef, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, um dos metros quadrados mais caros do país.
Condenação de Pedro Corrêa
Em outubro do ano passado, Pedro Corrêa foi condenado pela Justiça Federal do Paraná pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro a 20 anos, 7 meses e dez dias de prisão. Em dezembro, o juiz Sérgio Moro corrigiu a sentença e reduziu em quatro meses a pena, que agora é de 20 anos, três meses e dez dias de reclusão.
A alteração foi feita após o Ministério Público Federal (MPF) alertar o juiz de que ele havia errado o cálculo da pena relativa aos crimes de lavagem de dinheiro cometidos por Pedro Corrêa.
27/05/2016 21h07 - Atualizado em 28/05/2016 07h54

Machado diz ter contribuído para Temer; presidente em exercício nega

Ajuda foi para campanha de Chalita, dizem investigadores.
Ex-presidente da Transpetro afirma que também ajudou Sarney.

Do G1, com informações do JN
Novos trechos de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, aos quais a TV Globo teve acesso, mostram que ele ajudou aliados políticos, mas os diálogos não permitem dizer que tipo de ajuda foi essa.
Um deles foi o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Outro, segundo os investigadores, foi Gabriel Chalita (PMDB-SP).
Na gravação, Machado diz que contribuiu a pedido do atual presidente em exercício Michel Temer para a campanha eleitoral do "menino", que os investigadores identificam como Gabriel Chalita, candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo em 2012. Os diálogos não revelam de que forma se deu a contribuição. Temer nega ter pedido doação (leia mais ao final desta reportagem).
Na conversa, Machado parece sondar o ex-presidente José Sarney sobre se o então vice-presidente Michel Temer pode participar de uma articulação para evitar que sua investigação caia nas mãos de Sérgio Moro.
MACHADO: Você acha que a gente consegue emplacar o Michel sem uma articulação do jeito que esta...
SARNEY: Não. Sem articulação, não. Vou ver o que acontecendo, vou no Michel hoje...
Como que para estimular a conversa, Machado revela que contribuiu com Temer, ajudando na campanha do "menino", que para os investigadores é Gabriel Chalita, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB em 2012:

MACHADO: O Michel presidente... lhe dizer... eu contribuí pro Michel.
SARNEY: Hum.
MACHADO: Eu contribuí pro Michel... Não quero nem que o senhor comente com o Renan... Eu contribuí pro Michel para a candidatura do menino [Gabriel Chalita, do PMDB-SP]... Falei com ele até num lugar inapropriado, que foi na base aérea.


Sarney aparenta preocupação com a revelação e quer saber se uma ajuda que ele próprio recebeu de Machado é do conhecimento de mais alguém:
SARNEY: Mas alguém sabe que você me ajudou?
MACHADO: Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente.
Não fica claro que ajuda foi essa.
Ex-ministro do STJ
A conversa segue sem interrupção, com ambos discutindo uma tentativa de aproximação com ministros do Supremo.
O ex-presidente Sarney fala novamente do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha como uma pessoa ligada ao relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki.
Sarney afirma que Asfor Rocha "fez muito favor" a Teori. No meio do diálogo, Machado reafirma que "ninguém sabe" que ele ajudou Sarney.

SARNEY: O Renan, eu falo com, eu mesmo falo com ele, mas eu prefiro falar assim com o César Rocha. Prefiro falar com o César.
MACHADO: Ninguém sabe que eu lhe ajudei.
SARNEY: Porque o César Rocha, o César, o César Rocha que é o nosso cúmplice junto com o...
MACHADO: Com o Teori?
SARNEY: Com o Teori. Ele é muito, muito, mas muito amicíssimo lá do tribunal. O César fez muito favor pra ele.
MACHADO: O Teori era do tribunal do César?
SARNEY: Era.  O Teori era do tribunal do César.
MACHADO: Sabia não.